
Eugénio de Andrade – Poema XVIII
16 de Abril, 2021
Chico Buarque – Construção
16 de Abril, 2021As pedras
As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
uma coisa para dizer.
As pedras de Maria Alberta Menéres em “Conversas com Versos”
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
uma coisa para dizer.
As pedras de Maria Alberta Menéres em “Conversas com Versos”
Maria Alberta Menéres
[Vila Nova de Gaia, 1930 - Lisboa, 2019]

Ficcionista na área infanto-juvenil e poetisa.
Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde cedo ligada à problemática juvenil, por imperativo profissional (é produtora de programas infantis na RTP) e opção intelectual, Maria Alberta Menéres construiu uma vasta obra de âmbito pedagógico, de que é exemplo um título como O Poeta Faz-se aos 10 Anos (1973). A adaptação do mito de Ulisses e a versão para português moderno da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto valeram-lhe um reconhecido êxito de vendas.
Como poetisa, o espólio é mais escasso, mas desde a estreia, com Intervalo (1952), não tem deixado de marcar presença com uma escrita de coloratura dir-se-ia rarefeita.
Co-organizou, com o poeta E. M. de Melo e Castro (com quem foi casada), a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, que teve três edições entre 1959 e 1971, bem como a Antologia da Poesia Portuguesa 1940-1977 (dois vols.), editada em 1979. Tem traduzido inúmeras obras de ficção, algumas das quais para adultos.
Em 2010 recebeu a Ordem de Mérito Civil, no grau de Comendador, na Sessão Solene comemorativa do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998 [revisto em Agosto de 2010]
Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde cedo ligada à problemática juvenil, por imperativo profissional (é produtora de programas infantis na RTP) e opção intelectual, Maria Alberta Menéres construiu uma vasta obra de âmbito pedagógico, de que é exemplo um título como O Poeta Faz-se aos 10 Anos (1973). A adaptação do mito de Ulisses e a versão para português moderno da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto valeram-lhe um reconhecido êxito de vendas.
Como poetisa, o espólio é mais escasso, mas desde a estreia, com Intervalo (1952), não tem deixado de marcar presença com uma escrita de coloratura dir-se-ia rarefeita.
Co-organizou, com o poeta E. M. de Melo e Castro (com quem foi casada), a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, que teve três edições entre 1959 e 1971, bem como a Antologia da Poesia Portuguesa 1940-1977 (dois vols.), editada em 1979. Tem traduzido inúmeras obras de ficção, algumas das quais para adultos.
Em 2010 recebeu a Ordem de Mérito Civil, no grau de Comendador, na Sessão Solene comemorativa do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998 [revisto em Agosto de 2010]

Sobral da Lagoa
A antiga mata do Sobreiral foi o ponto de partida para o nascimento de uma povoação que viria a ser elevada a freguesia em 1837.
Tem como atividades económicas principais a agricultura, indústria, a produção de cebola, ginja e licores, a construção civil e a pecuária.
Tem como património cultural e edificado de destaque a Igreja Matriz, denominada Igreja de São Sebastião (Igreja oitocentista constituída por uma nave única com cobertura em caixotões e uma capela coberta por abóbada de berço. No interior, destaque para as três setas cruzadas no teto da nave), Capela de N. Sra. da Conceição, Cruzeiros (Pedregal e Lugar da Cruz) e moinhos de vento.
Em termos e gastronomia e conhecido pelo seu Sarrabulho, pão de milho, vinho tinto maduro, ginja e a tradição da matança do porco.
Pontos de interesse: https://www.jfsmariapedrosobral.pt/
Igreja São Sebastião
Centro histórico
Diversos pontos de miradouro
Várzeas do Rio Real
Percursos Pedestres:
Rota dos Ginjais – PR16 (em fase de preparação)
Tem como atividades económicas principais a agricultura, indústria, a produção de cebola, ginja e licores, a construção civil e a pecuária.
Tem como património cultural e edificado de destaque a Igreja Matriz, denominada Igreja de São Sebastião (Igreja oitocentista constituída por uma nave única com cobertura em caixotões e uma capela coberta por abóbada de berço. No interior, destaque para as três setas cruzadas no teto da nave), Capela de N. Sra. da Conceição, Cruzeiros (Pedregal e Lugar da Cruz) e moinhos de vento.
Em termos e gastronomia e conhecido pelo seu Sarrabulho, pão de milho, vinho tinto maduro, ginja e a tradição da matança do porco.
Pontos de interesse: https://www.jfsmariapedrosobral.pt/
Igreja São Sebastião
Centro histórico
Diversos pontos de miradouro
Várzeas do Rio Real
Percursos Pedestres:
Rota dos Ginjais – PR16 (em fase de preparação)