
Sophia de Mello Breyner Andresen – Fundo do mar
16 de Abril, 2021
Vitorino Nemésio – Correspondência ao mar
16 de Abril, 2021Analogia aquática
Aprendi a arte de jogar
com as palavras lançando-as à água, como
pedras, para ver como saltam, ou se afundam, ao acaso
da mão que as lança. E penso no que aconteceria se,
em vez das pedras polidas da ria, fossem versos
o que eu lançasse. As suas sílabas, como pétalas, iriam
dispersar-se numa espuma de ondas, e colar-se-iam
aos pés dos apanhadores de amêijoa, fazendo-os
enterrarem-se num lodo de vogais. Se eu tivesse o seu domínio
das marés, deixaria que os versos subissem até formarem
poemas, e faria com eles a linha branca do litoral. Mas
os pescadores chegam antes de mim, e empurram os barcos
até passarem a rebentação e lançarem as redes, apanhando
vogais, sílabas e palavras, como peixes e algas,
para as venderem ao desbarato
na lota do poema.
Analogia aquática de Nuno Júdice in "A Convergência dos Ventos"
com as palavras lançando-as à água, como
pedras, para ver como saltam, ou se afundam, ao acaso
da mão que as lança. E penso no que aconteceria se,
em vez das pedras polidas da ria, fossem versos
o que eu lançasse. As suas sílabas, como pétalas, iriam
dispersar-se numa espuma de ondas, e colar-se-iam
aos pés dos apanhadores de amêijoa, fazendo-os
enterrarem-se num lodo de vogais. Se eu tivesse o seu domínio
das marés, deixaria que os versos subissem até formarem
poemas, e faria com eles a linha branca do litoral. Mas
os pescadores chegam antes de mim, e empurram os barcos
até passarem a rebentação e lançarem as redes, apanhando
vogais, sílabas e palavras, como peixes e algas,
para as venderem ao desbarato
na lota do poema.
Analogia aquática de Nuno Júdice in "A Convergência dos Ventos"
Nuno Júdice
[Mexilhoeira Grande, Portimão, 1949]

Poeta, ficcionista e ensaísta.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa e doutorou-se pela Universidade Nova de Lisboa, com uma tese sobre Literatura Medieval, onde é professor. Exerceu as funções de Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal (1997-2004) e de Director do Instituto Camões em Paris.
Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Publicou antologias, como a da Poesia do Futurismo Português, edições críticas como a dos Sonetos de Antero de Quental e tem uma colaboração regular em jornais e revistas com críticas de livros e crónicas. Publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do século XX em França: Voyage dans un siècle de littérature portugaise (1993) reeditado e revisto na edição portuguesa Viagem por um século de literatura (1997).
Colaborou em acções de divulgação cultural, como as «Letras Francesas» (1989), com uma apresentação de autores franceses contemporâneos e organizou a «Semana Europeia de Poesia» no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura (1994).
Poeta e ficcionista, publicou o primeiro livro de poesia em 1972. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus, em 1990 e o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, este último com o livro Meditação sobre ruínas que foi também finalista do Prémio Europeu de Literatura, Aristeion, o Grande Prémio de Literatura dst, o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, o Prémio de Poesia Cesário Verde, o Prémio Literário Fernando Namora / Estoril Sol, o Prémio de Poesia Ana Hatherly, o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos.
Tem livros traduzidos em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e em França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard com Un chant dans l'epaisseur du temps. Director das revistas literárias Tabacaria, editada pela Casa Fernando Pessoa (1996-1999) e da «Colóquio-Letras» (desde 2009) e Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa à 49ª Feira do Livro de Frankfurt, que teve Portugal como país-tema.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
05/2015
Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa e doutorou-se pela Universidade Nova de Lisboa, com uma tese sobre Literatura Medieval, onde é professor. Exerceu as funções de Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal (1997-2004) e de Director do Instituto Camões em Paris.
Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Publicou antologias, como a da Poesia do Futurismo Português, edições críticas como a dos Sonetos de Antero de Quental e tem uma colaboração regular em jornais e revistas com críticas de livros e crónicas. Publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do século XX em França: Voyage dans un siècle de littérature portugaise (1993) reeditado e revisto na edição portuguesa Viagem por um século de literatura (1997).
Colaborou em acções de divulgação cultural, como as «Letras Francesas» (1989), com uma apresentação de autores franceses contemporâneos e organizou a «Semana Europeia de Poesia» no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura (1994).
Poeta e ficcionista, publicou o primeiro livro de poesia em 1972. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus, em 1990 e o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, este último com o livro Meditação sobre ruínas que foi também finalista do Prémio Europeu de Literatura, Aristeion, o Grande Prémio de Literatura dst, o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, o Prémio de Poesia Cesário Verde, o Prémio Literário Fernando Namora / Estoril Sol, o Prémio de Poesia Ana Hatherly, o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos.
Tem livros traduzidos em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e em França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard com Un chant dans l'epaisseur du temps. Director das revistas literárias Tabacaria, editada pela Casa Fernando Pessoa (1996-1999) e da «Colóquio-Letras» (desde 2009) e Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa à 49ª Feira do Livro de Frankfurt, que teve Portugal como país-tema.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
05/2015

Arelho
Esta aldeia situada na margem direita da Lagoa de Óbidos, remonta, pelo menos, ao século XII.
Ocupando então a Lagoa uma extensão muito mais vasta que a de hoje em dia não é de estranhar que na aldeia, a par da actividade agrícola, houvesse uma intensa atividade piscatória.
Tem uma capela dedicada a Santo André, anterior ao século XVI, situada num dos pontos mais elevados da aldeia.
Nesta aldeia o Centro Social Cultural e Recreativo Arelhense é o principal dinamizador cultural e desportivo da localidade. No seio desta associação existem o Rancho Folclórico e Etnográfico do Arelho, o Grupo Coral "Alegria da Nossa Terra" e o BTT Arelho Team.
Pontos de interesse: https://www.jfsmariapedrosobral.pt/
Igreja Stº André
Parque de merendas das Salinas
Torres de observação
Antigas salinas
Lagoa de Óbidos
Birdwatching
Actividades piscatórias
Diversos pontos de miradouro
Percursos Pedestres
Ecovia do Arnóia - PR3
https://turismo.obidos.pt/2020/10/06/ecovia-do-arnoia/
Trilho dos Patos Reais - PR6
https://turismo.obidos.pt/2020/10/06/trilho-dos-patos-reais/
Ecovia da Lagoa – PR4 (em fase de implementação)
Ocupando então a Lagoa uma extensão muito mais vasta que a de hoje em dia não é de estranhar que na aldeia, a par da actividade agrícola, houvesse uma intensa atividade piscatória.
Tem uma capela dedicada a Santo André, anterior ao século XVI, situada num dos pontos mais elevados da aldeia.
Nesta aldeia o Centro Social Cultural e Recreativo Arelhense é o principal dinamizador cultural e desportivo da localidade. No seio desta associação existem o Rancho Folclórico e Etnográfico do Arelho, o Grupo Coral "Alegria da Nossa Terra" e o BTT Arelho Team.
Pontos de interesse: https://www.jfsmariapedrosobral.pt/
Igreja Stº André
Parque de merendas das Salinas
Torres de observação
Antigas salinas
Lagoa de Óbidos
Birdwatching
Actividades piscatórias
Diversos pontos de miradouro
Percursos Pedestres
Ecovia do Arnóia - PR3
https://turismo.obidos.pt/2020/10/06/ecovia-do-arnoia/
Trilho dos Patos Reais - PR6
https://turismo.obidos.pt/2020/10/06/trilho-dos-patos-reais/
Ecovia da Lagoa – PR4 (em fase de implementação)