Em ano de celebração da 10.ª edição, o FÓLIO garante a presença de três Prémios Nobel da Literatura. À presença já confirmada da bielorrussa Svetlana Alexievich e do sul-africano J. M. Coetzee, laureados em 2015 e 2003, junta-se agora László Krasznahorkai, que acaba de ser distinguido com o Prémio Nobel da Literatura 2025 “por uma obra visionária e perturbadora que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”, anunciou a Academia Sueca ao final da manhã desta quinta-feira, em Estocolmo.

A distinção deste autor, presença em destaque na programação do próximo dia 19 de outubro do FÓLIO, às 17h00, numa conversa sob o tema “Morte”, foi conhecida hoje, 9 de outubro, dia de arranque do festival que, este ano, celebra a sua 10ª edição.

A mesa da qual fará parte contará também com as participações de Lionel Shriver, Rui Cardoso e Isabel Lucas (moderação).

O FÓLIO decorre até 19 de outubro com mais de 450 iniciativas culturais que abrangem escritores de renome internacional. Com a confirmação do Nobel húngaro, o festival reforça o seu prestígio literário e o compromisso com a promoção da literatura de expressão global.

Sobre László Krasznahorkai

Nasceu a 5 de janeiro de 1954, em Gyula, no sudeste da Hungria. A sua obra é marcada por romances densos, com frases longas e ambiência melancólica, explorando temas como a decadência, a esperança fragilizada e as tensões existenciais.

Venceu, entre outros prémios, o Man Booker International Prize em 2015.

Sobre o FÓLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos

Organizado pelo Município de Óbidos, em parceria com a empresa municipal Óbidos Criativa, a Ler Devagar e a Fundação Inatel, o FÓLIO tem-se afirmado, desde 2015, como um dos mais relevantes festivais literários da Europa. Apenas interrompido em 2020 devido à pandemia, o evento tem crescido de forma sustentada, tanto em notoriedade como em impacto cultural e turístico.

A edição de 2024 recebeu mais de 100 mil visitantes, consolidando o FÓLIO como pilar estratégico da política cultural de Óbidos e como motor de desenvolvimento económico e visibilidade internacional da vila, reconhecida como Cidade Criativa da Literatura pela UNESCO.