
ALBERTO PIMENTEL
2 de Maio, 2023
TENENTE-CORONEL LUÍS DE FREITAS GARCIA
2 de Maio, 2023RAMALHO ORTIGÃO
TEXTO
(José Ramalho, actor)
Restabeleçam sobre os alicerces que ainda existem alguns dos velhos edificios arrasados pelo tempo ou destruidos pelo grande terramoto de 1755; suprimam não mais de uma duzia de construcções d’este seculo; dêem ao que fica a ligeira restauração scenographica de alguns detalhes architectonicos; e, sem tocarem na disposição geral das ruas e no agrupamentos das casas, aqui têem em Obidos, fielmente e integralmente ressuscitado, um velho burgo portuguez de ha tresentos annos.
in Ramalho Ortigão, Branco e Negro
Joaquim da Costa Ramalho Ortigão e Antónia Alves Duarte Silva tiveram 9 filhos, entre os quais José Duarte Ramalho Ortigão, que nasceu no Porto em 1836.
José cresceu com a avó materna no Porto e recebeu instrução de um tio-avô, Frei José do Sacramento. Frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra. De volta ao Porto, foi professor de francês no Colégio da Lapa. Mudou-se para Lisboa, onde trabalhou como secretário na Academia Real de Ciências e bibliotecário na Real Biblioteca da Ajuda. Casou com Emília de Araújo Vieira em 1857, havendo 3 filhos.
No jornalismo, principiou como redactor num jornal portuense, todavia colaborou em variadas publicações periódicas durante a vida. Participou na chamada “Questão Coimbrã”, acabando por enfrentar e ficar ferido num duelo com Antero de Quental. Assinou também o folhetim As Farpas (inicialmente, em conjunto com Eça de Queirós). No campo da arte, interessou-se pelo estudo de artistas contemporâneos e pelas artes decorativas. Pertenceu ao grupo “Vencidos da Vida” e integrou várias academias e sociedades, tanto portuguesas como estrangeiras. Faleceu em 1915, na sua casa em Lisboa.
Na qualidade de escritor, publicou um romance policial (em parceria com Eça), contos e crónicas de viagem.




